The Riverside

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Muito prazer,

Oi, meu nome está aí do lado desde que este blog começou. Mas, ironia do destino, sempre que tento começar a escrever regularmente, a vida coloca uma lombada na minha frente e tenho de diminuir. Para estrear e para manter a tradição, republico meu primeiro post no antigo Riverside. Edinho e Ricardo vão entender... afinal somos amigos há anos porque batemos o pé em mantermos contato... Rindo, bebendo ou brigando, nos mantemos próximos assim. Um prazer começar de novo no Riverside. Um beijo, Ana.

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A música

Eu não sei nada de música. O máximo que estudei foram três ou quatro aulinhas de piano, que só me davam sono. Inevitavelmente, eu escorregava pelo banquinho para tirar uma soneca debaixo daquele instrumento lindo preto e branco.

Minha melhor relação com a música começou naquela época, com as primeiras aulas de dança. O ballet, assim como a música, segue uma partitura. Depois de 12 anos dançando, aprendi a entender de ritmo, de notas quebradas e algumas sincopadas. A nomenclatura parecida ajudou. Com o ballet vieram a música clássica, a popular e a brasileira. O rock, o punk, o funk e a eletrônica vieram inevitavelmente quando Beethoven me fazia lembrar de calos, e Mozart era o resumo de dedos sangrando.

Até hoje, por mais incoerente que pareça, admiro aqueles que relaxam com essas músicas. Afinal, elas sempre representaram sangue, suor e lágrimas, por sinal, o título da minha primeira coreografia com sapatilhas de ponta, aos 8 anos.

Conheci o pouco que sei de música com alguns amigos muito queridos, com a TV e o cinema. A "Bizz", em 1987, passou a ser minha Bíblia musical. Mesma época em que encontrei na casinha da cadela umas "Rolling Stone" publicadas no Brasil com Janis, Santana e outros dessa safra na capa.

O estrago estava feito. A rebeldia, indignação e baixíssima auto-estima daquela que gritava por um Mercedes Benz (pls, nada a ver com a bispa Sonia) me conquistaram de primeira. Daí o cabelo desceu até a cintura, os dedos se encheram de anéias, o braço ficou carregado de pulseiras.

Um cigarro numa mão e um copo de bebida na outra. Cópia. As décadas chegavam juntas. Anos 60 + 70 + 80 no mesmo minuto. Uma confusão horrorosa. Dançava-se como a Madonna, com roupas de hippie e discurso político dos anos 70. Ou pior. Vivia-se a política dos anos 80, drogava-se como nos anos 70, mas não se transava mais como nos anos 60. Tudo meio certo, meio torto.

Minhas influências são essas. Hoje, no meu iPod tocam New Order, Pixies, Caetano Veloso, Cansei de Ser Sexy, Mutantes, The Cure, Radiohead, Strokes, Roberto Carlos e Stereo Total. Às vezes, vivo sem música, mas nesses dias, vivo pior.
posted by Eta at 12:16

2 Comments:

Bem vinda querida amiga!
Já tenho a nítida impressão que vou me deleitar com seus textos maravilhosos aki no RS.
Bjs, bjs

22 de agosto de 2007 às 16:07  

Enfim a equipe está completa!

22 de agosto de 2007 às 17:18  

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