The Riverside

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Nova versão sobre a morte de Jim Morrison

Um livro, lançado recentemente em Paris, reabre a polêmica sobre a morte de Jim Morrison, vocalista do The Doors, falecido em 3 de julho de 1971.

O autor do livro The End, Sam Bernett, relata que Jim Morrison morreu em uma casa noturna parisiense chamada Rock and Roll Circus, ao contrário da versão oficial que afirma que o vocalista morreu de parada cardíaca em sua residência.

Sam Bernet afirma que Jim Morrison, após beber muita vodka e cerveja, comprou uma dose de heroína para sua namorada Pamela Courson e se dirigiu ao banheiro. Foi encontrado depois de um tempo junto a dois traficantes e um médico, que afirmava que ele já estava morto.

Para não causar tumulto e má divulgação da casa, Sam Bernet, então gerente da casa, viu o corpo de Morrison ser retirado do estabelecimento e ser levado para o apartamento do cantor. Deram um banho tentando reanimá-lo e abandonaram o local após constatar que o vocalista estava realmente morto.

Um fotógrafo, chamado Patrick Chauvel, afirma que ajudou a carregar o corpo do cantor, mas não pode afirmar se ele estava morto ou simplesmente desacordado.

Perguntado sobre o motivo de dar essa versão somente agora, Bernet afirma que não queria revelar com 23 anos o final trágico de Morrison, na época com 27 anos. Outro motivo é que na França um crime prescreve com 20 anos. Portanto, ele não seria mais indiciado.

Oportunismo ou verdade? Fica com vocês a opinião.

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posted by Edson Bezerra at 11:27 1 comments

sábado, 21 de julho de 2007

Can Anyone Play Guitar?

Pergunta legal. Guitarra é um instrumento sagrado para mim. Idolatro-a e me sinto uma pessoa incapaz de tirar o som que ela merece. Fico no meu violão.

Anyone Can Play Guitar lembra muito a frase utilizada aos tubos na época do movimento punk. Lembra Do It Yourself. Sim, meus amigos, montar uma banda no final dos anos 70 era só querer. Ninguém sabia tocar e os sons de Sex Pistols, The Clash e Ramones mostravam que a essência do rock estava na atitude e não na virtuose que imperava na época.

Rock é atitude, é comportamental. "Rocker, cara!" como diria um velho amigo, um bom tempo atrás!

Mas acredito que qualquer um pode tocar guitarra, pode tirar o som que quer, pode tocar em banda. Afinal, banda sempre foi pra mim uma junção de amigos que fazem o que gostam: tocar músicas de artistas que idolatram e, quando der, tocar suas próprias composições. Sem obrigações, sem sonhos de ser famosos, sem ilusões plantadas pelo mercado fonográfico.

Hoje não toco mais guitarra. Deixei a minha com meu irmão que faz mais proveito que eu. Sinto falta dela, mas quando ela ficou um tempo em casa, a única coisa que eu fazia era tirá-la da capa e vê-la como uma mulher que me seduz, mas não me dá bola. Aquela inatingível para nós, mortais. E ela sempre se mostra como a coisa mais maravilhosa que podemos apenas sonhar.

Mas, sim. Qualquer um pode tocar guitarra. É só quebrar a barreira e torná-la uma amante. Ela te mostrará os caminhos do rock que você não imagina que existam.
Anyone Can Play Guitar (Radiohead)

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posted by Edson Bezerra at 17:02 1 comments

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Underworld. Freur para os mais intímos...


Você gosta de música eletrônica?
Então amigo blognauta, você deve conhecer o Underworld.

O Underworld é formado pelos DJ’s ingleses Karl Hyde e Rick Smith.

Curiosamente esta banda (podemos chamá-la assim?!?) não tem website!!! Pode?!??!
Pois é, o que este blogueiro conseguiu achar de mais próximo é o http://www.underworldlive.com/

Simples, mas bacana o site. Possui 1 video para download e músicas em MP3 para serem compradas por módicos 5 pounds, convertendo em reais, 25 pratas cada single. Carinho né?!?

Pois bem, se você não se lembra do Underworld, aqui uma dica, o filme Trainspotting (1996), é o primeiro (não me recordo ao certo) filme estrelado por Ewan McGregor de Moulin Rouge, StarWars, etc...

Mas como este blog se propõe a falar de música e não de filme, apenas para registrar que este filme se inicia com o single mais famoso do Underworld Born Slippy”. Dica: Veja o filme e curta a música! Vale a pena.

O Underworld nasceu em 1980, e a formação original contava além de Hyde e Smith com mais um membro, Alfie Thomas e em 1983 formou-se um quinteto com a chegada de John Warwicker e Bryn Burrows.

Em tempo, naquela época a banda era conhecida como Freur.

Em 1986, Warmicker, Thomas and Burrows deixam a banda e o Freur, entrou em recesso. Um recesso que dura até hoje, porque o Freur nunca mais voltou e em 1987 apenas com os dois integrantes iniciais, nascia o Underworld.

O Underworld recrutou em 1993 o consagrado DJ Darren Emerson que permanceu com a dupla até meados de 1999, onde decidiu lançar seu projeto solo. Emerson participou da fase mais aura do grupo, dando sua importante contribuição a alguns álbuns e singles que cito mais abaixo.

Como todo grupo, o Underworld possui lá suas esquisitices, e sua história juntamente com seus álbuns foram divididas em 3 eras: Underworld MK1, Underworld MK2 e Underworld MK3, que dura até hoje.

A primeira fase do grupo (MK1), foram lançados os seguintes álbuns:

- Underneath the Radar (1988)
- Change the weather (1989)

Na segunda fase (MK2), temos os álbuns:

- Dubnobasswithmyheadman (1993)
- Second Toughest in the Infants (1996)
- Beaucoup Fish (1999)
- Everything, Everything (2000)

E na fase atual (MK3), segue:

- A Hundred Days Off (2002)
- Live in Tokyo (2005) (Este álbum foi comercializado somente em terras nipônicas)
- Oblivion with Bells (previsão de lançamento em Outubro/07 no Brasil)

Além dos albuns convencionais, o Underworld tem uma extensa lista de singles e EP’s que são lançados em datas diferentes, podendo fazer parte ou não dos álbuns, provavelmente para dar mais lucratividade é claro.

Entre os singles, dou destaque para a ótima Moaner do álbum Beacoup Fish de 1999, que na minha opinião é o melhor álbum do Underworld, com todo respeito ao single Born Slippy de 1996, que não possui álbum próprio.

Além de Moaner, o blognauta pode encontrar no mesmo álbum também a excelente King of Snake que não deixa a desejar em nada a “vibe up” que essas músicas trazem para o ambiente (pelo menos pra mim, né? rs).

Bom como tem uma extensa lista de singles que são maravilhosos, vai aqui a minha top 10, do Underworld.
Para você baixar do Shareaza ou qualquer outro tipo de programa P2P que você tenha, vou colocar o nome do álbum ou do EP para você poder achar com mais facilidade. Então aí, vai:

1) Moaner – Beacoup Fish (1999)

2) Trim – A Hundred Days Off (2002)

3) King of Snake – Beacoup Fish (1999)

4) Born Slippy – Trainspotting (1996)

5) Cherry Pie – Pearl’s Girl EP ou Second Toughest in the Infants (1996)

6) Dirty Epic - Dubnobasswithmyheadman (1993)

7) Dark Hard – Trance Europe Express 4 (single – não faz parte da discografia)

8) Confusion the Waitress - Second Toughest in the Infants (1996)

9) Sola Sistim - A Hundred Days Off (2002)

10) 8 Ball – The Beach Movie Soundtrack (single)

Se mesmo depois disso você ainda não estiver convencido de que Underworld é muito bom (para quem gosta do gênero é claro) eles simplesmente criaram remixes de músicas de nomes consagradados, tais como Depeche Mode, Chemical Brothers, Bjork e Front 242 que podem ser facilmente encontrados na net.

Bom gente, até que para depois de 1 dia sem postar por causa de uma gripe forte, acho que para hoje já deu o tempo, não é? rs.

Então é isso aí. Veja o filme, baixe a música e claro para não perder o costume deixe o seu post aqui.

Antes, um presente... confira aqui o clip do som King of Snake que mencionei pra vocês.




Enjoy it.

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posted by Ricardo Thome at 02:30 0 comments

terça-feira, 17 de julho de 2007

Layla And Other Assorted Love Songs - Derek & The Dominoes

1970. Eric Clapton procurava uma banda para tocar, sabendo já de sua fama como guitarrista, procurava um conjunto em que poderia ser apenas um membro. Só um guitarrista e vocalista.

Foi aí que com a ajuda de alguns amigos da época, resolve montar o Derek and The Dominoes, junto com Bobby Whitlock (teclado), Carl Raddle (baixo) e Jim Gordon (bateria).

Entremos um pouco na história para entendermos um pouco sobre a banda.

A amizade entre Clapton e George Harrisson já era grande, a ponto do deus da guitarra ter feito participação especial na gravação de While My Guitar Gently Weeps, lançada no maravilhoso White Album, dos Beatles.

Acontece que Clapton resolve se apaixonar justamente pela mulher de seu amigo. E aí, iria dar problemas, com certeza. E essa paixão fica clara nas letras das músicas, como Layla, Bell Bottom Blues, I’m Yours e muitas outras. Aliás, o disco inteiro é uma referência ao seu amor à Pattie Harrison.

E não é que a coisa deu certo? Com o tempo, a jovem donzela resolveu trocar o beatle pelo Clapton.

Durante a gravação ocorreu a morte de Jimmi Hendrix, amigo de Clapton na época. Aí, a banda resolveu fazer uma homenagem gravando uma versão linda de Little Wing.

Outra coisa interessante é o fato de que Layla and Other Assorted Love Songs foi o único disco de estúdio lançado pelo grupo. Mas as razões são totalmente compreensivas.

Essa é a fase mais produtiva da carreira de Clapton, mas também a pior em sua dependência química. Relatos dizem que a turnê americana do Derek and The Dominoes foi uma tremenda orgia regada a heroína e bebidas. Tanto é que, às vésperas da gravação do segundo disco, o guitarrista teve de se internar em uma clínica de reabilitação para quebrar sua dependência à heroína.

Outro fato foi a morte prematura em um acidente de motocicleta de Duane Allman, que estava fazendo participações especiais nos shows e na gravação dos álbuns.

Já teriam motivos suficientes? Pois bem, desgraça vem em bloco. O baterista Jim Gordon sofre de esquizofrenia, mas não havia sido diagnosticada ainda. Em um surto, o cara resolve matar a mãe a marretadas e, com isso, acabou internado em um hospício. E lá se encontra até hoje.

Lógico que não haveria mais clima para a continuação da banda e quando Clapton saiu da clínica, ainda continuou a tocar com Raddle, mas já em sua carreira solo.

Raddle veio a falecer em 1980, com complicações renais. Assim, o Derek and the Dominoes tinham dois integrantes mortos, um internado em um hospício e o outro que saiu às vias de fato com Clapton em uma discussão. Era o fim definitivo da banda, sem chances de uma possível volta, como muitos fazem por aí.

Em 1990, o álbum Layla and Other Assorted Love Songs foi relançado em um box comemorativo de 20 anos. Deve ter sido muito legal, mas eu ainda era um podre em música e não tinha maturidade para reconhecer tal importância. Que pena!

Músicas do disco:

- I Looke Away
- Bell Bottom Blues
- Keep on Growing
- Nobody Knows You When You’re Down and Out
- I Am Yours
- Anyday
- Key to the Highway
- Tell The Truth
- Why Does Love Got To Be So Sad?
- Have You Ever Loved a Woman
- Little Wing
- It’s Too Late
- Layla
- Thorn Tree In The Garden

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posted by Edson Bezerra at 21:46 0 comments

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Dia chuvoso nãããão... Dia chuvoso, simmm !


Manja aqueles dias, como hoje, chuvosos, frios, onde tudo o que você queria era estar bem aconchegante em lugar sóbrio e ao mesmo tempo tranqüilo, com um bom charuto nas mãos e no outro um copo de whisky?

Pois é, a melhor trilha sonora para um dia desses -- esteja você em um lugar como esse que eu descrevi ou não –- é Goldfrapp.

O Goldfrapp é formado por Alison Goldfrapp e Will Gregory.

Curiosidade: Alison Goldfrapp começou sua carreira solo no início dos anos 90 como vocalista convidada para gravaçãp um single da extinta banda eletrônica Orbital.

Em 1999, Alison foi apresentada ao compositor Will Gregory depois de Will ter ouvido uma prévia do famoso single "Human" e ter se interessado pelo talento de Goldfrapp.
Gregory sentiu uma extrema empatia por Alison, e então decidiu convidá-la para gravar uma demo para a trilha sonora de um filme ao qual Will estava compondo, para saber como eles se sairiam trabalhando juntos.

O curioso é que a demo nunca foi completada, mas a pesquisa de relatos que este blogueiro fez na internê, dizem que foi um trabalho interessante e agradável de ser ouvido. Enfim, depois da tal demo e algumas experiências os dois decidiram formar uma banda que levaria o sobrenome da cantora, daí o nome Goldfrapp.


É difícil definir um formato para o som dos caras, eu honestamente não consigo dizer o estilo, talvez um sensual voices, mas sei lá, deixo pra você decidir e me contar depois o que você acha. Que tal?

Então baixa ai:

http://rapidshare.com/files/40664968/Goldfrapp_-_Felt_mountain__2000_.rar

Dessa seleção recomendo a excepcional Pilots, que convida a ser ouvida com os olhos fechados e imaginar a cena que eu descrevi acima. Meu amigo, é certeza de viagem. Vai por mim e depois me conta...

Outra muito boa, é a Utopia, com um estilo um pouquinho mais deprê, mas não inferior quanto a última que mencionei.

Essa compilação é do CD Felt Mountain de 2000, mas ainda existem outros 2 CD’s espetaculares que são o Black Cherry (2003) e o Supernature (2005).

Claro que a discografia não para por aí, mas isso é assunto pra outro post.

Já dizia Jack: “Vamos por partes!”.

Então, enjoy it e não esqueçam de me dizer o que vocês acharam.
Cya!
posted by Ricardo Thome at 15:22 1 comments

R.E.M. - De Athens para o estrelato

O que se passa na cabeça de uma pessoa para tornar uma música ou banda como sua favorita? Quais são os critérios adotados pelo cérebro para classificar algo como bom, ruim ou até mesmo como imperioso para seu gosto?

Já me surpreendi várias vezes pensando nisso para tentar entender como surgiu e como se mantém mesmo depois de 20 anos a minha admiração pelo trabalho do REM. Se tiver uma banda que eu coloco como realmente minha favorita, é essa que a qual eu escrevo agora.

Aviso aos leitores: essa publicação vai ser totalmente parcial. Nem daria para ser diferente. Lembro até hoje do meu choque, entre 1987 e 1988, quando descobri que uma mesma banda tinha músicas tocando na rádio de dois discos diferentes, com gravadoras diferentes, lançados em menos de um ano e, pasmem dois discos excelentes. Como conseguiram?

A banda foi formada em 1979, na Geórgia, por um estudante de arte (Michael Stipe), um vendedor de discos (Peter Buck) e dois amigos que se conheceram em uma festa da faculdade (Mike Mills e Bill Berry), utilizando como nome a referência ao movimento rápido dos olhos que fazemos quando estamos em sono profundo (Rapid Eyes Moviment).

Fizeram o primeiro show no dia 5 de abril de 1980 e assinaram com uma gravadora pequena, chamada IRS, um contrato para a gravação de seu primeiro EP, chamado de Chronic Town. Sucesso entre as rádios universitárias na época e forçaram a banda a gravar seu primeiro álbum, denominado Murmur, em 1983. Obra de arte, tendo visto que superou U2 e seu famoso War e Michael Jackson com seu Thriller na disputa de disco do ano. A banda já começava a dar os seus passos ao estrelato, já fazendo shows fora do mercado norte-americano logo na primeira turnê.

Conseguiram lançar um disco por ano por 7 primaveras seguidas, tendo apenas um abalo na carreira durante a gravação do terceiro álbum (Fables of the Reconstruction), em 1985. Divergências sobre os rumos que a banda tomaria. Era clara a vontade de desvincular as suas músicas ao folk americano ou tentar amenizar a imagem de uma coisa interiorana americana.

Em 1986 conseguem o seu primeiro disco de ouro com as vendagens de Lifes Rich Pageant, impulsionada pelo hit Fall On Me, cujo single atingiu o Top 10 americano.

Em 1987 lançam Dead Letter Office, com faixas inéditas retiradas das gravações dos primeiros álbuns e não utilizadas, além das músicas que tinham sido lançadas no primeiro EP da banda.

No mesmo ano, lançam o último disco pelo selo IRS, o maravilhoso Document, com letras políticas e um hit consagrado na época, The One I Love. Disco de platina e Top 5 no mercado americano.

No embalo, assinam com a major Warner e lançam o álbum Green, consagrando a banda como o melhor conjunto de Rock’n Roll americano, eleito pela revista Rolling Stone. A turnê do disco dura onze meses. E foram praticamente dois anos com três discos lançados. Uma máquina.

Folga, enfim. Quem agüentaria tanta correria? Demoraram três anos para um novo lançamento. E veio o Out Of Time, fenômeno de vendas da banda no mundo todo. Rendeu ao conjunto nada mais que três prêmios no Grammy Awards e seis no MTV Video Music Awards. O sucesso foi tanto que a MTV os convidou para a gravação de um acústico, não lançado oficialmente pela banda em disco. E lá sentam os quatro integrantes com bandolins e toda a versatilidade vocal de Stipe.

O interessante é que o REM, mesmo fazendo um som mais pop, foi uma das maiores influências às bandas grunge que surgiriam depois. Era clara a amizade de Kurt Cobain ao Michael Stipe.

A crítica desacreditava que a banda conseguisse manter a qualidade de seus álbuns e esperavam o oitavo disco com um ar de final dos tempos. E vem Automatic For the People, recheado de belas canções, mantendo a tradição de discos bem gravados com letras bem colocadas.

Em 1994 lançam o pior disco da carreira, na minha opinião. Monster é uma homenagem clara a dois amigos que tinham morrido, o ator River Phoenix e o músico Kurt Cobain. Disco pesado, sujo, fora das qualidades anteriores da banda. Saem em uma turnê desastrosa, em que ocorreram algumas paralisações para cirurgias urgentes de Michael Stipe (hérnia), Mike Mills (problemas estomacais) e um aneurisma cerebral no meio de um show do baterista Bill Berry.

Em 1996 renovam contrato com a Warner, ganhando uma bagatela de 80 milhões de dólares, um dos mais rentáveis do mercado mundial fonográfico. Lançam New Adventures in Hi Fi.

No dia 30 de outubro de 1997, a banda anuncia a saída de Bill Berry. O cara resolveu ir cuidar de sua fazenda, dos filhos e largar as baquetas. Sem substituições, os outros integrantes dizem que o lugar ficaria vago até a volta do amigo.

Lançam em 1998 o disco UP que, apesar do nome, é o mais intimista e triste da banda, com músicas como Sad Professor, Walk Unafraid e a maravilhosa At My Most Beautiful. O clima andava pesado na banda e Michael Stipe assumiu que foi o álbum em que esteve mais profundamente sentimental em suas letras. Resolveram não fazer turnê no início, mas acabam fazendo poucos shows na Europa após alguns meses.

Em 2001, lançam Reveal, álbum que os trazem para o único show no Brasil, no Rock in Rio. A MTV convida-os novamente para mais um acústico. Convite aceito e lá vem mais uma obra de arte da banda, ainda não lançado, mas com idéias de um lançamento futuro, em DVD. Simplesmente imperdível, muito melhor que o primeiro. Conseguimos ver um Michael Stipe bem descontraído com o público, de bem com a vida.

Em 2004 gravam Around the Sun, o disco mais politizado da banda e fazem poucos shows, todos contra a reeleição de George W. Bush. Não teve boa aceitação de público. Mas eu adorei!

Fora todos os 14 discos oficiais, existem várias trilhas sonoras compostas pela banda, destacando-se a trilha do filme O Mundo de Andy (Man On the Moon), e as produções de filmes realizadas por Stipe, como Quero Ser John Malkovich (Being John Malkovith). O fascínio de Stipe pela telona é grande.

Enfim, um post gigante, como eu imaginava que seria. Tentei ser bem imparcial, mas a minha identificação com as letras e as melodias da banda é muito grande. Ficaria muito complicado colocar uma música que goste, mas eu deixo algumas sugestões para novos ouvintes ou curiosos.

- At My Most Beautiful
- Fall On Me
- Feeling Gravitys Pull
- Leaving New York
- World Leader Pretend
- Find the River
- Electolite.

Site oficial da banda: http://www.remhq.com/

Comunidade no orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=96720

Integrantes:

- Michael Stipe (vocal)
- Mike Mills (baixo)
- Peter Buck (guitarra)
- Bill Berry (bateria)

Discografia completa:

Álbuns

1982 - Chronic town (EP)
1983 - Murmur
1984 - Reckoning
1985 - Fables of the reconstruction
1986 - Life's Rich Pageant
1987 - Document
1988 - Green
1991 - Out of time
1992 - Automatic for the people
1994 - Monster
1996 - New adventures In Hi-Fi
1999 - Up
2001 - Reveal
2004 - Around The Sun

Coletâneas

1987 - Dead letter office
1988 - Eponymous
1991 - The Best Of R.E.M.2003 - In time - The Best Of R.E.M. 1988-2003

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posted by Edson Bezerra at 10:57 0 comments

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Pitada para o final de semana

Bom, como hoje, sexta-feira, dia 13 de julho é dia Mundial do Rock, segue aqui para você blognauta, uma sugestão de 10 sons bem legais para celebrar essa data e curtir o final de semana.

1) Presidents of USA – Peaches

2) Rage Against the Machine – Freedom

3) Sepultura – O matador

4) The Killers – Somebody told me

5) Keane – Is it any wonder

6) Travis – Side

7) Lou Reed – Take a walk on the wild side

8) Velvet Underground – Stephanie says

9) TSOL – Flowers by the door

10) Sundays - Here's Where The Story Ends

Have a Nice weekend!
posted by Ricardo Thome at 22:23 1 comments

Prazer, Ricardo Thomé

Olá!

Meu nome é Ricardo Thomé, sou amigo do Edson e da Ana de longa data. E pra vocês terem uma idéia de quanto tempo isso faz, o Edson ainda tinha cabelo (Dá para vocês terem uma idéia, né? rs)

Como já dito pelo Edson no post dele, eu vou tentar contribuir com minhas vertentes musicais no Riverside.

O blognauta irá perceber que sou uma pessoa bem eclética. Gosto de MPB, Rock, Jazz, Black, House e por aí vai.

Se me permitem fazer uma analogia, seria mais ou menos como comer feijoada de madrugada depois de um bom copo de leite quente com Nescau. Sacou? Rs.

Comidinhas a parte, vou colocar aqui tudo o que eu considero como bacana em termos musicais, sejam os sons psicodélicos e alternativos que me guiaram nos anos 80, até o som contemporâneo que a gente ouve por aí nos dias de hoje, seja nas rádios ou nos CD’s que “vira e mexe” saem quentinhos das gravadoras por aí!

Então é isso ai pessoas, que esse seja o primeiro de muitos posts a surgirem....

Enjoy it!
posted by Ricardo Thome at 21:59 0 comments

500 melhores da Rolling Stones


Um dia desses dias apareceu em minhas mãos uma lista dos 500 melhores álbuns eleitos pela revista Rolling Stone. Como sou bem curioso e odeio essas listas, resolvi dar uma xeretada para ter o que falar mal.

Pois bem, vou poupá-los de uma análise completa e no final do texto eu deixo o link par quem quiser ter acesso à lista completa. Vou colocar apenas o dez primeiros e destilarei o meu veneno em cima logo após.

1º) Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (The Beatles)
2º) Pet Sounds (The Beach Boys)
3º) Revolver (The Beatles)
4º) Highway 61 Revisited (Bob Dylan)
5º) Rubber Soul (The Beatles)
6º) What's Going On (Marvin Gaye)
7º) Exile on Main St. (The Rolling Stones)
8º) London Calling (The Clash)
9º) Blonde on Blonde (Bob Dylan)
10º) The Beatles (Álbum Branco) (The Beatles)

Para uma análise mais fria, consegui encontrar algumas estatísticas interessantes como:

Artistas com maior número de álbuns

1º) The Beatles - 11 (4 no top 10)
2º) Bob Dylan - 10 (2 no top 10)
3º) The Rolling Stones - 10 (1 no top 10)
4º) Bruce Springsteen - 8
5º) The Who - 7
6º) David Bowie e Elton John - 6
8º) The Byrds, Led Zeppelin, Neil Young, Otis Redding e U2 - 5
9º) Elvis Costello, Grateful Dead, Bob Marley, Prince, Madonna, Pink Floyd, The Police, The Smiths, Stevie Wonder, Talking Heads, The Velvet Underground - 4
10º) Elvis Presley, Michael Jackson, Radiohead, Nick Drake, Nirvana, Cream, The Doors, Jimi Hendrix, Big Star, Marvin Gaye, The Clash, The Kinks, Eminem, Steely Dan, The Beach Boys- 3

Número de álbuns por década

1950 e anteriores - 29 álbums (5.8%)
1960 - 126 (25.2%)
1970 - 183 (36.6%)
1980 - 88 (17.6%)
1990 - 61 (12.2%)
2000 - 13 (2.6%)

Vamos aos venenos agora.

Bom, ter o Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band liderando não foi nenhuma novidade para mim. E ter o Beatles como um dos maiores vencedores também é óbvio e acho que poucos contestaram.

O Pet Sounds, do Beach Boys também é muito bom, mas não o colocaria entre os 10 primeiros. Talvez entre os vinte, com muito bom gosto. E interessante é ver que os três primeiros foram lançados com uma diferença de um ano entre eles. Ê finalzinho de década fabuloso foi essa dos anos 60.

Não colocaria Bob Dylan nem entre os 100 primeiros. Mas esse sou eu! Aquela voz é intragável para esse pobre escritor, e nem foi por má vontade ou falta de interesse em entender o cara. Poxa, não desce mesmo, acho o Dylan muito arrogante e pronto. Tudo bem, se fosse um eu até aceitaria, mas ter dois entre os top 10 e dez no geral foi demais para esse pobre rockeiro.

Por exemplo, não acho justo os Stones estarem atrás do Dylan. Caberia na lista o Dark Side of the Moon, do Pink Floyd, que aparece somente em 43º. Atrás do Born to Run (18º), do Bruce Springstein! Como pode?

E tem outras pérolas atrás do gritalhão americano, como Never Mind the Bollocks (41º), dos Sex Pistols, The Joshua Tree (26º), do U2.

Ah, sei. Mercado americano. Foi nessa linha que fui procurar alguns ingleses na lista e, para meu maior espanto, não existe nada do Eric Clapton entre os 100 primeiros. O fabuloso Layla, do Derek & the Dominoes aparece em 115º! Quer outra aberração? Não tem Queen entre os 100 primeiros. Nenhum!

Outra coisa super interessante é ver a aversão ao metal, em seu principal território. O primeiro álbum de metal que aparece é Led Zeppelin, em 29º. E olha que pra mim o Led Zeppelin não é bem metal. Então, o próximo é o Appetite for Destruction, do Guns'n Roses, em 61º! Back in Black, do AC/DC em 73º! Paranoid, do Black Sabbath, em 130º! Master Of Puppets, do Metallica, em 167º!

Mas quando eu vi que minha banda preferida, o REM, só aparecia em 197º, com o Murmur, eu definitivamente execrei a lista. Isso é uma aberração mesmo.

Então, eu tentei esboçar a minha própria. Ela ficaria assim:

1º) Rubber Soul (The Beatles)
2º) The Beatles (Album Branco) (The Beatles)
3º) The Dark Side of the Moon (Pink Floyd)
4º) London Calling (The Clash)
5º) Never Mind the Bollocks (Sex Pistols)
6º) The Wall (Pink Floyd)
7º) Nevermind (Nirvana)
8º) Layla (Derek & the Dominoes)
9º) Abbey Road (The Beatles)
10º) Diamond Dogs (David Bowie)

Segue o link da Rolling Stone para vocês. A lista é de 2003, mas será que surgiu alguma coisa de lá para cá que tenha alterado alguma coisa importante nessa lista? Não creio.

Não concorda comigo? Vai lá, desça a lenha nos comentários e se sinta confortável para dar a sua listinha também.

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posted by Edson Bezerra at 07:17 2 comments

Edson Bezerra, muito prazer!

Minha admiração pela música em geral começou lá pelo meio da década de 80. Sim, eu peguei a tão “enfadonha” fase new wave, com seu visual bem cafona, mas de ótimo gosto musical.

Como diria Caetano, ainda não havia para mim Rita Lee, eu me contentava com as coisinhas pop que tocavam nas rádios e ficava sonhando no dia que eu poderia estar do outro lado dos alto falantes, como todo jovem adolescente sonha (ou pelo menos a maioria).

Assinava a revista Bizz e a cada dia fui descobrindo que a música não estava somente nas rádios, mas ela direcionava tendências de vida e comecei a perceber que minha vida era direcionada pelo estilo musical que ouvia.

Cresci, montei minha banda, saí, briguei com amigos por isso, refiz as amizades com o tempo, mas a música continuou presente. Sempre.

Hoje tenho uma cabeça mais aberta para o que ouço. Troquei a teimosia infantil de achar que o Rock’n Roll salvaria o mundo pela variedade autêntica que a boa música a que a boa música nos leva. Ando pelas margens mais básicas, como Beatles, Stones, Who, passando pelas mais pesadas como Iron Maiden, Metallica, Zepellin, sem desprezar as mais sublimes como as do soul, jazz e blues e as mais modernas, como o indie.

E espero que todos os leitores que vierem a nos privilegiar pela suas visitas também se sintam a vontade com meus pontos de vista peculiares sobre música e, quando quiserem, não se intimidem a me corrigir. Afinal, é na boa discussão que aprendemos muito.

Que esse rio que se inicia com três margens cresça e chegue a ser, se não eterno, mas marcante em nossa vida online.

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posted by Edson Bezerra at 07:12 0 comments

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Do lado de cá do nosso rio


Qual seria para você a maior realização da sua vida? Já pensou nisso?

Talvez a gente não conheça nem consiga imaginar qual seria a maior, mas uma delas seria poder fazer aquilo que se gosta. Toda vez que pensamos em trabalho, queremos também diversão e prazer.

Este espaço recém-criado é para isso. Estamos felizes por estar juntos, trabalhando juntos (!!!), num projeto que nunca existiu publicamente, mas que sempre foi pauta de todos nossos encontros e momentos legais. Agora vamos escrever sobre música. Juntos ou separados, somos uma turma de amigos que vivem de música. Brigamos por isso. De verdade. Como fazíamos desde a adolescência.

The Riverside ressurgiu nessa vontade conjunta de três lunáticos de botar as impressões musicais pra fora. E esperamos que esse espaço ganhe dimensão, se não para quem o lê, mas para nós, que sabemos da importância de ter um elo desses vivo.

Nossa equipe não está completa. Tem muita gente que pode chegar por aqui e vivenciar isso com a gente. A lista é grande... a gente nem conseguia fazer festa surpresa porque sempre era gente demais... então, meus caros, venha pro nosso rock!

Welcome to our jungle and long life to the music

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posted by Edson Bezerra at 20:32 0 comments